1. Sobre o direito à educação previsto pela Lei nº 8.069/1990, Estatuto
da Criança e do Adolescente, assinale a alternativa INCORRETA.
(A) Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao
Conselho Tutelar os casos de maus-tratos envolvendo seus alunos.
(B) O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
(C) Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao
Conselho Tutelar os casos de elevados níveis de faltas dos alunos, ainda que
essas sejam justificáveis.
(D) É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente ensino
fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria.
(E) A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, ao preparo para o exercício da cidadania e à
qualificação para o trabalho, assegurando-lhes acesso à escola pública e
gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se vagas no mesmo
estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou ciclo de ensino da
educação básica.
2. O Plano Nacional de Educação (PNE) traz, em seu bojo, diversas
diretrizes. São diretrizes previstas no PNE, EXCETO a
(A) universalização do atendimento escolar.
(B) superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da
cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação.
(C) promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país.
(D) valorização dos profissionais da educação.
(E) diminuição do analfabetismo.
3. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio
a todos que o demandarem é incumbência
(A) do Ministério da Educação e Cultura.
(B) dos estados.
(C) da União.
(D) do município.
(E) do presidente da República.
4. A Lei nº 14.191, de 3 de agosto de 2021, alterou a Lei nº 9.394, de 20
de dezembro de 1996, dispondo sobre a modalidade de educação bilíngue de
surdos. Analise as alternativas a seguir e assinale a que está em
consonância com o texto da mencionada lei.
(A) A oferta de educação bilíngue de surdos terá início ao zero ano, na
educação infantil, e se estenderá ao longo da vida.
(B) A oferta de educação bilíngue de surdos terá início no ensino médio e se
estenderá ao longo da vida.
(C) A oferta de educação bilíngue de surdos terá início aos quatro anos, na
educação infantil, e se estenderá ao longo da vida.
(D) A oferta de educação bilíngue de surdos terá início na educação
fundamental e se estenderá até o ensino médio.
(E) A oferta de educação bilíngue de surdos terá início na educação infantil
e se estenderá até o ensino médio.
5. Conjunto formado pelas instituições escolares públicas, articuladas de
acordo com sua vinculação financeira e responsabilidade de manutenção, com
atuação nas esferas municipal, estadual, distrital e federal. Tal
conceito, encontrado na Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018,
refere-se a
(A) sistemas de ensino.
(B) itinerários formativos.
(C) unidades curriculares.
(D) redes de ensino.
(E) programas de aprendizagem.
6. Com relação aos marcos legais que embasam a Base Nacional Comum
Curricular (BNCC), tem-se a LDB nº 9.394/1996, que traz dois conceitos
decisivos para todo o desenvolvimento da questão curricular no Brasil. O
primeiro conceito fala sobre a relação entre o que é básico-comum e o que
é diverso; já o segundo refere-se ao currículo. Sobre esses conceitos,
assinale a alternativa correta.
(A) O primeiro, já antecipado pela Constituição, estabelece a relação entre
o que é básico-comum e o que é diverso em matéria curricular: as
competências e diretrizes são comuns, e os currículos seguem as
especificações.
(B) O segundo se refere ao foco do currículo. Ao dizer que os conteúdos
curriculares estão a serviço do desenvolvimento de competências, a LDB nº
9.394/1996 orienta a definição das aprendizagens essenciais, e não apenas
dos conteúdos mínimos a serem ensinados.
(C) O primeiro estabelece a relação entre o que é básico-comum e o que é
diverso em matéria curricular: os currículos são comuns, e as competências e
diretrizes são diversas.
(D) O segundo refere-se ao foco no desenvolvimento de competências. Ao dizer
que os conteúdos curriculares estão a serviço do desenvolvimento de
competências, a LDB nº 9.394/1996 orienta a definição das aprendizagens
mínimas.
(E) O segundo refere-se ao foco dos currículos da Educação Infantil, do
Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que devem ter Base Nacional Comum, a
ser complementada, independentemente das características regionais e locais
da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.
7. A sociedade contemporânea traz um viés inovador e inclusivo a questões
centrais do processo educativo: o que aprender, para que aprender, como
ensinar, como promover redes de aprendizagem colaborativa e como avaliar o
aprendizado. Assim, reconhecer-se em seu contexto histórico e cultural,
comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, participativo, aberto ao
novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável requer muito mais
do que o acúmulo de informações. Diante disso, a respeito da relação entre
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o compromisso com a educação, é
correto afirmar que
(A) a BNCC afirma o seu compromisso com a educação integral, ou seja, visa à
formação e ao desenvolvimento humano global.
(B) a BNCC reconhece que a educação básica deve visar à formação e ao
desenvolvimento para o trabalho.
(C) a BNCC visa compreender a linearidade, e não a complexidade desse
desenvolvimento.
(D) a BNCC privilegia a dimensão afetiva em detrimento da dimensão
cognitiva.
(E) a BNCC busca a construção intencional de processos educativos que
promovam aprendizagens sintonizadas com os interesses mercadológicos.
8. Com relação ao pacto interfederativo e a implementação da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), os sistemas e as redes de ensino devem
construir currículos, e as escolas precisam elaborar propostas pedagógicas
que considerem as necessidades, as possibilidades e os interesses dos
estudantes, bem como as identidades linguísticas, étnicas e culturais
deles. Dessa forma, é correto afirmar que a BNCC desempenha um papel
fundamental, pois
(A) oportuniza o ingresso do aluno em uma escola de educação básica, sendo
que a permanência dele passa a ser responsabilidade da família.
(B) expressa as diferenças educacionais, fazendo com o que as singularidades
sejam consideradas e atendidas.
(C) explicita as aprendizagens mínimas que todos os estudantes devem
desenvolver.
(D) orienta para a necessidade da permanência das desigualdades entre os
estudantes, seja em relação à raça, ao gênero e/ou à situação socioeconômica
de suas famílias.
(E) pressupõe que os sistemas, as redes de ensino e as instituições
escolares devem se planejar e enfatizar a equidade, que significa reconhecer
que as necessidades dos estudantes são diferentes.
9. No Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul (MS), no item sobre a
territorialidade desse estado, está explícito que o MS tem a segunda maior
população indígena do país e que as migrações de contingentes oriundos dos
estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo e as
imigrações de países como Alemanha, Espanha, Itália, Japão, Paraguai,
Bolívia, Portugal, Síria e Líbano marcaram a fisionomia dessa região. O
estado também recebeu ciclos migratórios de quilombolas remanescentes de
Minas Gerais e Goiás, que também foram responsáveis pela formação
socioeconômica dele. Dessa forma, entendendo a diversidade do estado, é
correto afirmar, sobre o item Diversidade e Modalidades Educacionais,
que
(A) o princípio inclusivo requer a promoção do desenvolvimento das
instituições de ensino, de modo a oferecer as oportunidades de que essas
crianças, jovens e adolescentes necessitam para o trabalho.
(B) a Declaração de Incheon refere-se a uma educação inclusiva pensada para
2030; sendo assim, ela ainda não está contemplada no Currículo de Referência
de MS.
(C) as políticas educacionais de MS estruturam-se para promoção de uma
organização escolar que se reconheça enquanto espaço de aprendizagem e
convivência entre os iguais.
(D) emerge, nesse contexto, uma questão central: combinar a expansão dos
direitos universais e a acessibilidade efetiva para a igualdade de
oportunidades e, em segundo plano, a equidade de direitos e condições.
(E) as políticas educacionais do Estado de MS trazem os princípios da
educação para todos os iniciados nos Fóruns realizados em Jomtien, em 1990,
e em Dakar, em 2000, assumindo um compromisso firmado entre os estados
participantes.
10. A Educação Especial, conforme o Currículo de Referência de Mato
Grosso do Sul, é compreendida como um conjunto de serviços que apoia,
complementa e suplementa o currículo, integrando a proposta pedagógica da
escola, para que a oferta de recursos de apoio, materiais de
acessibilidade, tecnologia assistiva e formação continuada possam
instrumentalizar o estudante e o professor no contexto da sala de aula.
Assim, assinale a alternativa correta sobre a Educação Especial no
Currículo de Referência de MS.
(A) O Atendimento Educacional Especializado (AEE) deve ser realizado na sala
de recursos multifuncionais e nos Centros de Atendimento Educacional
Especializado, priorizando o desenvolvimento de habilidades comunicacionais.
(B) Para prover condições de participação e reconhecimento no contexto
educacional, devem ser colocados em prática os princípios do desenho
universal para a aprendizagem, que possibilitam ao estudante desenhar aquilo
que aprende.
(C) A elaboração do Plano Educacional Individualizado (PEI) permite planejar
ações e propostas que interessam aos professores vinculadas ao currículo.
(D) Para que o acesso ao currículo seja efetivamente oportunizado, é
importante o trabalho investigativo supervisionado na atuação dos
professores.
(E) O grande desafio da atualidade é retirar a flexibilização da discussão
periférica sobre a diferença e elevá-la à questão central, tomada como
estratégia fundamental de gestão do currículo.
11. O Currículo de Referência de Mato Grosso do Sul (MS) incorpora temas
contemporâneos, como o estudo da história e cultura afro-brasileira e
indígena, conforme estabelecido no Artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB nº 9394/1996), alterado pela Lei nº 11.645, de
10 de março de 2008, tornando obrigatória a inclusão dessa temática nos
currículos oficiais das redes de ensino. Dessa forma, assinale a
alternativa correta sobre a abordagem dessa temática no Currículo de
Referência de MS.
(A) Reconhece a Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004, que institui
as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação das relações
étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e
africana.
(B) Evidencia a escola como um local em que é possível vivenciar os
benefícios de uma cultura plural e rica livre, que não reproduz o racismo, o
preconceito e a discriminação tão presentes na sociedade.
(C) A escola precisa trabalhar com eventos que tragam comidas típicas e
vestimentas de diferentes povos, para que as crianças possam experienciar
outras culturas por meio da prática, sem a necessidade de recorrer à
história.
(D) Baseia-se na Resolução CNE/CP nº 1, de 17 de junho de 2004, que traz as
matrizes culturais e identitárias sobre a cultura indígena.
(E) Recorre ao Parecer Orientativo CEE/MS nº 131, de 2005, o qual afirma que
a história contada abarca uma cultura plural e rica.
12. O termo ensino híbrido, utilizado de forma comum, dá ênfase aos
extremos. De um lado, usa-se o termo de forma ampla para referir-se a
todos os usos da tecnologia na educação que se acumulam em uma sala de
aula; de outro, o termo é usado de forma restrita para indicar os tipos de
aprendizagem que combinam o on-line e o presencial e com a qual têm mais
afinidade. Sendo assim, em busca de uma definição que fosse ampla para
permitir variações e restrita para diferenciá-la da categoria ilimitada do
uso da tecnologia para a educação nas escolas, chegou-se a uma definição
para esse termo apresentada em três partes: por meio do ensino on-line; em
um local físico supervisionado; e uma experiência de aprendizagem
integrada. Dessa forma, assinale a alternativa correta que retrata o
ensino on-line.
(A) Em todos os programas de ensino híbrido, os estudantes têm a totalidade
de sua aprendizagem via internet.
(B) Possibilita usar qualquer ferramenta digital, como uma calculadora
on-line ou o Google Docs.
(C) Aprender on-line significa pouca mudança instrucional do ensino
basicamente presencial para aquele que utiliza instrução e conteúdos
baseados na web.
(D) A tecnologia usada para o ensino on-line deve passar o controle do
conteúdo e do ensino para o estudante, como o controle do ritmo, que
possibilita retroceder ou pular determinado conteúdo.
(E) Diz respeito a um programa educacional formal, como quando um estudante
joga um game educativo no Xbox em casa ou baixa um aplicativo de
aprendizagem enquanto está no supermercado.
13. Os cursos híbridos enquadram-se em quatro modelos principais:
Rotação, Flex, À la Carte e Virtual Enriquecido. Em muitos casos, as
escolas usam modelos múltiplos, combinando-os de diferentes formas para
criar um programa personalizado. O propósito desses termos é fornecer uma
linguagem para descrever os elementos básicos das várias combinações. Isso
posto, assinale a alternativa correta sobre o modelo de Rotação.
(A) É uma modalidade de aprendizagem em que pelo menos uma aula deve ser
presencial.
(B) Os estudantes escolhem entre o ensino on-line e o ensino conduzido pelo
professor em pequenos grupos.
(C) A sala de aula invertida é a forma mais indicada do modelo de Rotação,
pois permite que o professor conduza o conhecimento que passará ao aluno,
sendo que este, por sua vez, aplica o que foi solicitado por aquele.
(D) O modelo de rotação tem quatro tipos: rotação por estações; laboratório
rotacional; sala de aula invertida; rotação individual.
(E) Nesse modelo, o fundamental é que o professor fixe os grupos de alunos
em cada estação, orientando a atividade designada no curso; depois, cada
estação expõe o que realizou.
14. Enquanto o planejamento é o ato pelo qual o docente decide o que
construir, a avaliação é o ato crítico que o subsidia na verificação de
como está construindo o projeto. A avaliação atravessa o ato de planejar e
de executar, por isso contribui em todo o percurso da ação planificada.
Assim, é correto afirmar, sobre a avaliação na execução de um projeto na
escola, que
(A) se faz necessária na seleção de meios alternativos e na execução do
projeto, tendo em vista a sua construção imparcial em relação à perspectiva
político-social.
(B) enquanto crítica de percurso, a avaliação é um ato acusatório de
responsabilidades não assumidas por esse ou por aquele profissional.
(C) é uma ferramenta necessária ao ser humano no processo de construção dos
resultados que planificou, portanto serve como redimensionamento da direção
da ação.
(D) é uma ferramenta para avaliar os estudantes e como eles desempenham os
objetivos definidos no planejamento, que devem ser cumpridos com eficiência.
(E) é um sistema de controle do projeto elaborado, para averiguar se o
caminho a ser percorrido está coerente com as demandas da sociedade.
15. A avaliação permite orientar o docente em seu planejamento de ensino
e em seu percurso didático e potencializar a mediação e o diálogo entre os
professores e os caminhos de aprendizagens dos alunos. Contudo a ação de
avaliar não depende somente do professor, mas envolve uma cultura
institucional, o que requer desenvolver uma nova postura avaliativa que
rompa com a memorização, classificação, seleção e exclusão, tão presentes
no sistema de ensino. Dessa forma, assinale a alternativa correta sobre a
avaliação escolar.
(A) É fundamental que esteja vinculada aos objetivos do ensino já analisados
e construídos pela equipe pedagógica, que transmite aos professores o que
foi decidido.
(B) Criar expectativas em relação à aprendizagem dos alunos favorece os
processos avaliativos e todas as práticas pedagógicas no interior da
instituição.
(C) Deve levar em consideração um padrão de aprendizagem para oportunizar
uma avaliação coerente e igualitária.
(D) As novas práticas avaliativas devem vir acompanhadas de autonomia da
unidade escolar, um currículo dinâmico, flexível e contextualizado, formação
continuada dos professores, valorização do trabalho coletivo na escola e
continuidade das propostas pedagógicas.
(E) Independentemente do que se avalia, os instrumentos de avaliação a serem
usados e as formas de registro dos resultados permanecem inalterados.
16. Na análise intrincada da perspectiva em obras gráficas, torna-se
imperativo assimilar o conceito do ponto de fuga. Este último assume uma
função primordial na instilação de profundidade e verossimilhança na
representação visual. Nesse contexto, assinale a alternativa que apresenta
o ponto de fuga em um desenho perspectivo.
(A) Ponto de fuga vertical.
(B) Ponto de fuga duplo.
(C) Ponto de fuga diagonal.
(D) Ponto de fuga horizontal.
(E) Ponto de fuga central.
17. Na dança, o tempo assume uma função primordial na tessitura da
expressão e na coreografia. Considerando a ideia de elementos da dança,
assinale a alternativa que aponta a técnica que, por meio de uma variação
rítmica na música, instaura uma cadência oscilante entre movimentos mais
lentos e rápidos.
(A) Contratempo variável.
(B) Tempo fracionado.
(C) Ritmo pulsante.
(D) Aceleração coreográfica.
(E) Contratempo flexível.
18. Assinale a alternativa que apresenta a faceta que denota a
singularidade e distintividade de um som inerente à peculiar combinação de
sobretons presentes em uma produção sonora.
(A) Altura.
(B) Intensidade.
(C) Ritmo.
(D) Harmonia.
(E) Timbre.
19. No cenário complexo e multifacetado do teatro, um elemento-chave
destaca-se pela sua influência direta na estética e narrativa das peças.
Esse termo abrange a concepção e execução minuciosa de elementos visuais e
espaciais, tais como cenários, adereços e disposição cênica. Essencial
para criar uma experiência imersiva, ele transcende a função meramente
decorativa, desempenhando um papel intrínseco na materialização visual dos
conceitos e emoções contidos na obra teatral. Profundamente conectado à
dramaturgia, esse elemento exige do profissional uma compreensão aguçada
da linguagem cênica e a habilidade de traduzir abstrações em configurações
palpáveis. Diante disso, qual termo corretamente representa essa
disciplina artística fundamental?
(A) Adorno espacial.
(B) Teatralidade sincrônica.
(C) Iconografia dramática.
(D) Estética dramatúrgica.
(E) Cenografia.
20. Na chamada aberta do “Panorama da Arte Contemporânea 2022”, promovido
pela Bienal de Curitiba, a obra “Pontos de uma Geografia Mítica” (2022),
do artista Maddox, compôs a exposição. Nas palavras do artista: “Tratados
como materialidades geossimbólicos, são ossos de animais abatidos na
região da tríplice fronteira do Paraná (Brasil, Paraguai e Argentina),
cravejados com espelhos; ficam em suspensão, como se levitassem. É uma
instalação que busca evocar o espaço cosmológico no meio dos vivos, como
encantados, entidades, como ladainhas de uma velha benzedeira. Os ossos em
suspensão remetem à materialização espiritual evocados por pontos
(músicas) nas religiões de matriz africana”.
Maddox, Pontos de uma Geografia Mítica, Instalação, 2022. Imagem: @bienaldecuritiba. Partindo do texto do artista e da materialidade em si, é correto afirmar que a obra
Maddox, Pontos de uma Geografia Mítica, Instalação, 2022. Imagem: @bienaldecuritiba. Partindo do texto do artista e da materialidade em si, é correto afirmar que a obra
(A) explora a conexão entre os elementos naturais e o espaço espiritual,
criando uma ponte simbólica entre os ossos de animais e as crenças de matriz
africana, a partir da instalação e colagem em mosaico nos ossos, com
espelhos e luzes.
(B) utiliza ossos de animais e espelhos para criar uma apresentação
artística que questiona as fronteiras geográficas e destaca a tríplice
fronteira do Paraná. É uma instalação de Arte que explora o espaço ajustado
do museu.
(C) reflete sobre a violência na tríplice fronteira do Paraná, utilizando
ossos de animais como símbolo de resistência e transformação artística, por
meio da instalação e performance dos movimentos dos ossos no espaço de arte.
(D) aborda temas cosmológicos por meio da suspensão de ossos de animais
cravejados com espelhos, evocando uma atmosfera mítica e espiritual na qual
a instalação opera como autêntica, permitindo a espacialização.
(E) representa uma crítica às práticas religiosas de matriz africana,
utilizando os ossos de animais como uma metáfora para questionar a
espiritualidade tradicional e a instalação como linguagem que desfruta dessa
ideia de instalar a arte como questionadora e crítica.
21. No intricado universo da execução e apreciação cênica e musical,
explorando a sinergia entre dança, música e teatro, destaca-se a
habilidade de reconhecer e distinguir timbres e características de
instrumentos musicais diversos, enquanto se integra expressão corporal e
narrativas de forma coesa. Considerando essa interconexão artística,
assinale a alternativa que apresenta a capacidade multifacetada de
apreensão que une a percepção sonora, a expressão física e as narrativas
encenadas.
(A) Coreografia orquestral.
(B) Sinfonia cinética.
(C) Narrativa sonora.
(D) Ritmo teatral narrativo.
(E) Harmonia corporal.
22. Na tessitura folclórica, compreendemos as expressões pulsantes da
cultura popular, as quais singularizam a identidade social de um povo. O
folclore, desdobrando-se em uma multiplicidade de devires, materializa-se
não somente de modo coletivo mas também em instâncias singulares,
engendrando um devir que percorre os territórios do costume e da tradição,
sendo uma linha de fuga que se projeta na transmissão geracional. Nesse
emaranhado de acontecimentos, o folclore torna-se o vetor condutor que
conecta temporalidades, entrelaçando passados e presentes em uma dança
rizomática, perpetuando os ritmos culturais em um constante
devir-ancestral. Entre os muitos mitos da região sul-mato-grossense, está
o de uma figura frequentemente associada à proteção dos peixes e à
superstição de afetar a pesca. Com base nesse contexto, assinale a
alternativa que apresenta nome e função do mito ecológico relacionado a
esse ser.
(A) Trata-se da Mãe-d'água, que é vista como uma ameaça à pesca, por causar
dias infrutíferos para os pescadores e, ao mesmo tempo, proteger os peixes e
os rios.
(B) Acredita-se que seja Iemanjá-d'água, uma aliada dos pescadores que
favorece a abundância de peixes nos arredores e os protege dos perigos que a
água esconde.
(C) Trata-se da presença da Mãe-d'água, que é vista como neutra e sem
influência significativa na pesca, sendo associada à beleza da mulher nativa
que habita a região.
(D) Mãe-d'água é o nome da figura mitológica sul-mato-grossense. Ela é
considerada um sinal de má sorte e indica escassez de peixes na região, no
entanto defende os pescadores dos perigos locais.
(E) Trata-se da Iara-d'água, que é percebida como um ser mítico sem relação
com as atividades de pesca.
23. No âmbito do Ensino Fundamental, o componente curricular arte
concentra-se nas expressivas linguagens das artes visuais, dança, música e
teatro. Essas linguagens, por sua vez, articulam conhecimentos acerca de
produtos e fenômenos artísticos, englobando práticas como
(A) descrever elementos artísticos, analisar aspectos técnicos da expressão
artística, investigar aspectos históricos das manifestações artísticas e
memorizar definições artísticas do processo de aprendizagem em arte.
(B) criar pinturas e esculturas, analisar fisicamente a dança em termos
técnicos, investigar peças teatrais e memorizar teoremas científicos na
prática artística, nas emoções e subjetividades do processo de aprendizagem
em arte.
(C) descrever a arte e os aspectos históricos das manifestações artísticas,
aplicar teorias literárias na análise de músicas, incorporar elementos das
vanguardas em apresentações teatrais e analisar obras de arte visual sob uma
perspectiva de eventos históricos em relação com as expressões artísticas.
(D) criar, ler, produzir, construir, exteriorizar e refletir sobre formas
artísticas e assimilar as manifestações da sensibilidade, da intuição, do
pensamento, das emoções e das subjetividades que permeiam o processo de
aprendizagem em Arte.
(E) descrever a estética visual, aplicar noções de arte, desenho e pintura
na composição de atividades escolares, compreender as subjetividades de
musicais e memorizar procedimentos teóricos relacionados às artes.
24. Com a inserção da tecnologia na arte, emergiram diversas correntes de
pensamento, e alguns estudiosos consideravam esse fenômeno de forma
positiva, enquanto outros questionavam a presença da máquina no meio
artístico, uma vez que esta desafiava as concepções tradicionais de arte.
Um desses pensadores notáveis foi o autor que abordou a perspectiva da
modernidade na arte em seu livro de 1936. Uma obra de arte, vista como um
culto que evocava, de certo modo, aspectos religiosos, passou por
questionamentos com o advento da fotografia e do filme, que são formas
artísticas originadas da tecnologia. A interrogação sobre a consideração
do digital como arte foi posta em discussão, implicando uma reavaliação do
valor de culto presente na fotografia e nos filmes. Explorando as
reflexões presentes no trabalho de 1936, que discute a modernidade na
arte, questiona-se se o digital pode ser categorizado como arte. Nesse
meio, o autor perde a interatividade com o público, passando a se dirigir
a uma câmera. O autor ressalta que, no cinema, a realidade é completamente
manipulada, enquanto no palco essa manipulação não é possível. A
introdução da tecnologia resultou em um novo padrão de consumo artístico,
associado por esse autor à industrialização e aos interesses econômicos,
por exemplo, quando a realização de um filme tem o intuito de servir a
propósitos políticos. Além disso, na era digital, a obra pode ser
reproduzida e distribuída em diversas cópias pelo mundo, facilitando o
acesso a ela. Outro aspecto crucial na discussão sobre a obra de arte é a
aura e o culto. No contexto cinematográfico, a obra perde seu foco
principal na história e nos autores, culminando na ausência de ênfase em
detalhes fundamentais que poderiam ser facilmente percebidos em uma peça
teatral. Na perspectiva desse autor, os meios de comunicação alteraram
significativamente a concepção de arte, provocando um impacto substancial
tanto no campo artístico quanto na sociedade. Qual autor, discutido no
texto apresentado, expressa a perspectiva de que a integração da
tecnologia na arte desafia a definição tradicional de arte,
particularmente no contexto do digital?
(A) Michel Foucault.
(B) Jacques Derrida.
(C) Roland Barthes.
(D) Guy Debord.
(E) Walter Benjamin.
25. Na abordagem da BNCC, a tessitura das linguagens artísticas é
concebida como um emaranhado de dimensões do conhecimento, entrelaçando-se
de maneira indissociável e simultânea. Essas dimensões, que permeiam as
esferas das artes visuais, da dança, da música e do teatro, assim como as
experiências dos alunos nos diversos contextos sociais e culturais, não se
configuram como eixos temáticos ou categorias rígidas, mas como linhas
flexíveis que se interpenetram. Tal entrelaçamento constrói a
peculiaridade da vivência artística na escola, desprovida de hierarquias
ou ordens predeterminadas no campo pedagógico. As dimensões em questão –
criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão – coexistem em um
constante devir, contribuindo para a singularidade da construção do
conhecimento artístico. Qual dos textos a seguir define corretamente a
dimensão da estesia?
(A) Estesia refere-se ao processo de construir argumentos e ponderações
sobre as fruições, as experiências e os processos criativos, artísticos e
culturais. É a atitude de perceber, analisar e interpretar as manifestações
artísticas e culturais, seja como criador, seja como leitor.
(B) Estesia refere-se ao deleite, ao prazer, ao estranhamento e à abertura
para se sensibilizar durante a participação em práticas artísticas e
culturais. Essa dimensão implica disponibilidade dos sujeitos para a relação
continuada com produções artísticas e culturais oriundas das mais diversas
épocas, lugares e grupos sociais.
(C) Estesia refere-se às possibilidades de exteriorizar e manifestar as
criações subjetivas por meio de procedimentos artísticos, tanto em âmbito
individual quanto coletivo. Essa dimensão emerge da experiência artística
com os elementos constitutivos de cada linguagem, dos seus vocabulários
específicos e das suas materialidades.
(D) Estesia refere-se às impressões que impulsionam os sujeitos em direção a
novas compreensões do espaço em que vivem, com base no estabelecimento de
relações, por meio do estudo e da pesquisa, entre as diversas experiências e
manifestações artísticas e culturais vividas e conhecidas. Essa dimensão
articula ação e pensamento propositivos, envolvendo aspectos estéticos,
políticos, históricos, filosóficos, sociais, econômicos e culturais.
(E) Estesia refere-se à experiência sensível dos sujeitos em relação ao
espaço, ao tempo, ao som, à ação, às imagens, ao próprio corpo e aos
diferentes materiais. Essa dimensão articula a sensibilidade e a percepção,
tomadas como forma de conhecer a si mesmo, o outro e o mundo. Nela, o corpo
em sua totalidade (emoção, percepção, intuição, sensibilidade e intelecto) é
o protagonista da experiência.
26. Ao contextualizar a prática pedagógica da abordagem triangular
ver/ler (a obra de arte), contextualizar e o fazer artístico, novas
dimensões emergem, considerando a realidade e o percurso histórico do
ensino da arte no Brasil. A abordagem triangular, nesse contexto, assume a
forma de um zigue-zague em nossas práticas, desdobrando-se na
dimensão/relação e no processo de ensino-aprendizagem sujeito/objeto.
Nesse cenário, todas as pessoas envolvidas tornam-se protagonistas e
mediadas para um pensamento crítico e libertário, revelando as
epistemologias fundamentais do pensamento freiriano e os cruciais
atravessamentos para o ensino da arte. Não se trata de um triângulo
engessado, mas de um triângulo que se desmonta, assemelhando-se à obra
"Bichos" (1960), de Lygia Clark, na qual a artista cria pequenas feras ou
animais que, de alguma forma, assumem formas animadas ou vivas.
Analogamente à escultura da artista, a abordagem triangular transfigura-se
conforme as realidades em processo de aprendizado, visando à leitura, à
produção, ao pensamento crítico, à reflexão sobre a arte e suas poéticas e
territorialidades.
Qual dos seguintes elementos NÃO caracteriza a abordagem triangular no contexto do ensino da arte?
Qual dos seguintes elementos NÃO caracteriza a abordagem triangular no contexto do ensino da arte?
(A) A interrelação entre ver/ler, contextualizar e o fazer artístico.
(B) A rigidez de um triângulo imutável.
(C) A centralidade do sujeito/objeto no processo de ensino-aprendizagem.
(D) O papel do pensamento crítico e libertário na prática pedagógica.
(E) A transfiguração dinâmica da abordagem triangular conforme as realidades
educacionais e as poéticas artísticas em evolução.
27. A artista norte-americana de ascendência afrocubana, Harmonia
Rosales, nascida em Chicago, em 1984, reinterpreta pinturas tradicionais,
substituindo as representações de figuras brancas por pessoas negras, para
acentuar seu compromisso em empoderar estas por meio da arte, mesmo que
suas obras sejam destinadas a um público restrito. Harmonia Rosales
afirmou a intenção de proporcionar às mulheres negras obras de arte que
reflitam a beleza delas, que foi muitas vezes negligenciada ao longo do
tempo. Com base nesse contexto, analise a obra "Birth of Oshun", datada de
2017, e assinale a alternativa correta.
(A) Harmonia Rosales, em "Birth of Oshun", de 2017, reinterpreta a “Vênus de
Milo”, de Alexandre de Antioquia, uma pintura clássica romana, conhecida
mundialmente por apresentar a beleza feminina da deusa do amor.
(B) Harmonia Rosales, em "Birth of Oshun", de 2017, reinterpreta a “Vênus”,
de Vilgeniy Melnikov, que confere a sua representação maior elegância e mais
sinuosidade às formas femininas da deusa.
(C) Harmonia Rosales, em "Birth of Oshun", de 2017, reinterpreta a “Vênus”,
de Wilhem Von Kalisz, pintura inspirada no Renascimento florentino.
(D) Harmonia Rosales, em "Birth of Oshun", de 2017, reinterpreta a
"Botticelli American Venus Black Lives Matter", de Tony Rubino. O artista
refaz a pintura do Renascimento para enaltecer as mulheres negras e latinas.
(E) Harmonia Rosales, em "Birth of Oshun", de 2017, reinterpreta “O
Nascimento de Vênus”, de Sandro Botticelli, datado de 1485, cânone de beleza
renascentista.
28. Considerando as diferenças entre pixo e grafite, assinale a
alternativa que caracteriza especificamente o pixo em contraste com o
grafite.
(A) O pixo é frequentemente elaborado com detalhes visuais complexos,
enquanto o grafite é caracterizado por letras rápidas e angulares.
(B) O grafite tem suas origens na cidade de São Paulo, Brasil, enquanto o
pixo é praticado globalmente como uma forma de expressão urbana.
(C) O pixo prioriza a estilização de letras, muitas vezes altas e estreitas,
enquanto o grafite abrange uma ampla variedade de estilos artísticos,
incluindo personagens e paisagens.
(D) O pixo é geralmente mais aceito socialmente do que o grafite, que é
frequentemente associado a práticas ilegais de escrita em espaços públicos.
(E) O grafite é conhecido por sua rápida execução e técnica simplificada, ao
passo que o pixo envolve frequentemente camadas de cores e detalhes
elaborados.
29. No contexto da arte indígena contemporânea, que exalta a
ancestralidade e se posiciona como uma forma de resistência política e
social, surge uma intersecção entre expressões artísticas e lutas por
reconhecimento e direitos. Essa prática artística se torna-se uma arma
contra tentativas de apagamento histórico, contribuindo para reforçar a
identidade e a resistência étnica dos povos originários. A arte, assim
como a língua, as crenças e as narrativas míticas, funciona como um
mecanismo ideológico que fortalece a etnicidade e, por conseguinte, a
resistência à dissolução étnica. Surge, então, a surpresa na incorporação
do elemento 'indígena' no conceito de arte contemporânea, evidenciando uma
falta de reconhecimento por parte do sistema de arte ocidental. Na
literatura especializada sobre arte contemporânea no Brasil, não há
presença significativa de autores indígenas. Diante desse cenário, a
produção artística indígena contemporânea se revela como uma narrativa
vibrante que vai além da tradição, desafiando e expandindo a concepção
ocidental de arte. Nesse contexto, assinale a alternativa que reflete a
abordagem contemporânea da arte indígena.
(A) A arte indígena contemporânea é desprezada pelo sistema de arte
ocidental.
(B) A produção artística indígena contemporânea reforça a resistência étnica
e a luta por direitos.
(C) A tradição indígena está totalmente dissociada das pautas políticas e
sociais.
(D) A ausência de autores indígenas na literatura especializada evidencia a
falta de relevância da arte contemporânea.
(E) A ancestralidade na arte indígena contemporânea é uma mera questão
estética sem implicações políticas.
30. No contexto da teoria musical, a harmonia é definida como a
organização sistemática de notas que resulta em sons que mantêm uma
relação equilibrada entre si. Esse fenômeno compreende a disposição
simultânea ou sobreposta de sons, introduzindo o conceito de verticalidade
na música. Contrapondo-se à melodia, que é a combinação sequencial de
sons, a harmonia gera acordes com suas particularidades. Diante desse
panorama, instrumentos harmônicos, como violão, piano e harpa, destacam-se
por proporcionar uma percepção mais clara do conceito de harmonia,
possibilitando a execução simultânea de várias notas. A compreensão da
harmonia musical é fundamental não apenas para uma apreciação mais
profunda das composições mas também para músicos que buscam compor ou
elaborar arranjos, selecionando notas para criar bases que sustentem a
melodia. Considerando essas informações, assinale a alternativa que
apresenta o papel da harmonia na música.
(A) A harmonia é exclusivamente uma sucessão de notas em ordem sequencial.
(B) Na harmonia musical, os acordes menores são sempre mais felizes que os
acordes maiores
(C) Instrumentos harmônicos, como guitarra e bateria, têm pouca relevância
na percepção da harmonia.
(D) A harmonia sempre segue regras estritas e não permite experimentação,
pois é organizada sistematicamente por regras instrumentais.
(E) A harmonia consiste na organização de notas que geram equilíbrio entre
sons, sendo crucial na criação de bases melódicas.
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